Diálogo Entre Culturas na Arte e o Potencial do Turismo Cultural
- Augusto Dias dos Santos

- 29 de jan.
- 3 min de leitura

A exposição de "Pablo Picasso: a ser inaugurada no dia 30 de Janeiro de 2025, no Museu da Moeda, em Luanda, não é apenas um evento artístico ou museologico. É uma janela de oportunidades para o turismo cultural angolano, capaz de atrair visitantes internacionais e fortalecer a economia criativa do país. Com uma estratégia de marketing bem articulada e a colaboração de diversos actores, Angola pode transformar este evento num catalisador para o desenvolvimento do sector turístico e na projecção da sua cultura no exterior.
1. Turismo Cultural: Uma Oportunidade Estratégica para Angola
A exposição de Picasso em Luanda representa uma rara oportunidade para posicionar Angola como destino cultural de excelência na África Austral. Para maximizar seu impacto, é essencial a articulação entre:
- Agências de viagens e companhias aéreas: Criação de pacotes turísticos que combinem a visita à exposição com roteiros culturais, como o Centro Histórico de Mbanza Kongo (Património Mundial da UNESCO) e as paisagens deslumbrantes do Namibe.
- Hotéis e restaurantes: Oferta de experiências temáticas, como menus inspirados na obra de Picasso e eventos gastronómicos que celebram a fusão entre a cultura angolana e europeia.
- Câmaras de Comércio: Promoção de parcerias com empresários locais para criar produtos exclusivos, como artesanato inspirado no cubismo.
- Comunicação social: Campanhas digitais e cobertura internacional que destacam Angola como um destino seguro, vibrante e culturalmente rico.
"Este evento é uma chance única de mostrar ao mundo que Angola não é apenas um país com um passado rico, mas também um destino turístico de futuro",* afirma Paulo Jorge, Empresario.
2. Marketing Direcionado: África Austral como Público-Alvo
Um dos pilares do sucesso desta iniciativa é o marketing estratégico, especialmente voltado para os países da África Austral. Com uma campanha bem planeada, Angola pode atrair turistas de nações como:
- Namíbia, África do Sul e Zâmbia: Países limítrofes com conexões terrestres e aéreas facilitadas.
- Moçambique e Botswana: Nações com crescente interesse em turismo cultural e histórico.
A estratégia inclui:
- Campanhas digitais: Utilização de redes sociais e plataformas como Instagram e TikTok para promover a exposição e os atrativos turísticos angolanos.
- Parcerias com embaixadas: Divulgação do evento nas representações diplomáticas angolanas na região, com apoio de materiais promocionais e eventos de pré-lançamento.
- Facilitação de vistos: Acordos bilaterais para simplificar a entrada de turistas dos países vizinhos.
"Queremos que os nossos irmãos africanos vejam Angola como um destino acessível e enriquecedor",* destaca Claudia Agostinho, Gestora de Marketing Digital.
3. Impacto Económico: Um Efeito Multiplicador
A exposição de Picasso tem o potencial de gerar um impacto económico significativo, beneficiando diversos sectores:
- Hotelaria e restauração: Com a expectativa de aumento de 30% nas reservas hoteleiras durante o período da exposição.
- Economia criativa: Artesãos, músicos e artistas locais terão espaço para expor e vender suas obras, fortalecendo a cadeia produtiva da cultura.
- Empregos temporários: Contratação de guias turísticos, seguranças e pessoal de apoio, gerando renda para famílias locais.
4. Diálogo Entre Culturas: A Arte como Ponte
Além do impacto económico, a exposição promove um diálogo profundo entre culturas. Ao explorar a influência da arte africana no cubismo de Picasso, o evento celebra a contribuição do continente para a arte global. Paralelamente, a inclusão de artistas angolanos contemporâneos reforça a ideia de que a cultura é um espaço de troca e reinvenção.
"Picasso inspirou-se em África, e agora África inspira-se em Picasso para contar suas próprias histórias".
A exposição de Picasso em Angola é mais que um evento cultural. É uma estratégia integrada que combina arte, turismo e diplomacia para projectar o país no cenário global. Com uma abordagem de marketing direcionada e a colaboração de diversos actores, Angola pode transformar este momento num legado duradouro, impulsionando o turismo e fortalecendo a sua identidade cultural.
Este é o início de uma nova era para o turismo angolano. A cultura é a nossa maior riqueza, e estamos prontos para partilhá-la com o mundo.
Por: Augusto Dias dos Santos
Lic. Ciências da Informação








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